
O livro “Pirata Corcorã: como ser um Homem Grande” é um convite para a reflexão sobre a construção da cultura da paz, em especial para a agressividade dos meninos. Partimos da ideia de que temos um código social que direciona como devemos agir em sociedade, como se tivéssemos a disposição de um mapa cultural. E neste mapa, temos muitas práticas que reforçam ou até incentivam um caminho de violência, mesmo quando desejamos a cultura de paz. Ao pensarmos nas crianças em sua formação, como educar em meio a esse impasse de definição? Educar para manter os códigos sociais tradicionais ou educar projetando uma outra sociedade? Propiciar a reflexão madura e construtiva é sempre o melhor horizonte.
Ação do Projeto “Pirata Corcorã: como ser um Homem Grande” parte da Lei de incentivo estadual PROFICE (edital 002/2024) com apoio da COPEL e para elaboração deste blog contamos também com incentivo da Lei Paulo Gustavo municipal de Paranaguá (LPG nº195/2022, edital de chamamento 003/2024).
Sobre o mapa do livro:

No livro é apresentado o mapa para ser um bom pirata. Seguindo este mapa o Corcorã precisa procurar dicas em três lugares: no Mar de sapos ele é orientado a ser grosso e nunca fugir de uma briga; na Floresta dos gritos sufocantes a ser durão e não mostrar os sentimentos; e na Montanha da cartola uivante ele precisa ser Homem-Homem e mandar para longe as meninas.
A proposta é para reformular este mapa e, a partir da reflexão coletiva, buscar novas orientações que nos levem à cultura da paz. Neste novo mapa, temos 3 lugares: primeiro, Caminho dos olhos olhantes, nos serve para identificar quais são essas questões que poderíamos reformular, um segundo lugar, o Tronco do descanso, para buscar o que desejamos, o terceiro lugar, O rosto que muda, trazem o como transformar nossas ações
Acesse aqui as atividades:

1º Caminhos dos
olhos olhantes:
Objetivo: Redefinir acordos - opiniões sobre concordo e discordo
Introdução:
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Cartões de concordo e discordo são distribuídos para todos.
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Frases com afirmações dentro do tema são propostas para a apreciação, uma a uma.
Sugestão de frases:
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Quando alguém me ofende, eu preciso ofender mais.
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Homem não abraça.
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Pedir ajuda é fraqueza.
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Homens devem ser responsáveis pela educação dos seus filhos.
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Vem aqui se você é homem!
3. Todos os participantes devem levantar o cartão que acredite corresponder à sua opinião. As respostas devem ser contadas.
Após os participantes responderem todas as afirmações, deve-se abrir uma reflexão coletiva avaliando as respostas.
Orientações para reflexão:
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Foram decisões confortáveis para concordar ou discordar?
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O resultado das respostas te surpreendeu?
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Teve alguma questão que te deixou em dúvida?
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Há alguma questão que você entende que as pessoas concordam, mas que para você é algo muito errado?
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Vocês identificam essas afirmações sendo reforçadas no seu cotidiano?
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Que outra afirmação você colocaria?










Banco de imagens gratuito

2º Tronco do descanso:
Objetivo: Compreender o que é desejável e indesejável
Atividade: Resolução de argumentos
Instruções:
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Formar dois grupos com mais ou menos o mesmo número de participantes.
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Entregar um mesmo conjunto de imagens a cada grupo e uma cartolina.
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O grupo 1 terá a missão de listar o que é desejável e não desejável para o comportamento dos meninos. Enquanto isso, o grupo 2 terá que destacar o desejável e não desejável para a construção de uma cultura de paz.
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Os grupos terão 15 minutos para chegarem em um acordo, ambos devem fixar as imagens na cartolina demonstrando a classificação.
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Cada grupo deverá apresentar seus resultados.
Orientações para reflexão:
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Quais as dificuldades encontradas para estabelecer o que é desejável e indesejável?
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Em algum momento vocês se surpreenderam com a resolução de atividade, de seus resultados e as semelhanças entre os grupos?
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O que construímos sobre o desejável e indesejável reflete no que vemos na sociedade?
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Os comportamentos que incentivamos hoje, nos levam àquilo que desejamos?
Imagens de sugestão:

3º O rosto que muda:
Objetivo: Resolução de conflitos
Atividade: Dramatização de uma situação problema e a busca de caminhos para resolver a cena
Instruções:
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Divida os participantes em 2 grupos.
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O primeiro grupo deve desenvolver uma cena de conflito, a partir de uma situação problema que eles identifiquem no cotidiano.
(O tema base proposto para a dinâmica são os conflitos presentes no livro)
3. Determine um tempo para que criem a cena e dramatizem para o segundo grupo.
(Sugira que usem a técnica de manipulação com os personagens do livro)
4. Após a apresentação todos podem refletir sobre o problema e propor intervenções para resolvê-lo.
Orientações para reflexões a partir da cena:
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Qual conflito apresentado?
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Por quais motivos você entende que este conflito é presente?
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Quais são as posturas que tomamos quando estamos diante dessa situação?
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Como poderia ser solucionada a cena?
5. O segundo grupo deve chegar em um consenso e então elaborar uma segunda dramatização, apresentando agora o conflito resolvido.
Deixe aqui sua opinião, reflexão, dúvidas ou curiosidades:
Democratização:
Para convidar a comunidade para esta reflexão são ofertadas oficinas com crianças em idade escolar, professores e universidades em cursos de licenciatura.
Nas oficinas é proposto uma contação de história e a aplicação das práticas que estão aqui dispostas no blog. São vinte e oito oficinas distribuídas entre espaço escolar, universidade e públicos diversos.
Democratização em Espaços Diversos
Sobre a equipe:

Angélica Ripari
Nasceu em São Paulo na cidade grande, mas depois foi pra uma cidade pequena. Saiu pra uma cidade cheia de árvores pra aprender a ser professora. Hoje mora numa cidade do litoral do Paraná, trabalha com crianças, adolescentes, adultos e quem mais quiser aprender, e também brinca de fazer arte. Quando criança ela não tinha muitos livros para ela, mas tinha vários livros de adulto na sua casa. Um dia ela descobriu esse tanto de livros e o mundo se fez diferente. Ainda pequena ela tirou uma foto com o Ziraldo, era um escritor muito legal. Gostava de fazer piquenique, de bichinhos de pelúcia e de inventar novos jogos. Ela era uma criança óbvia que adorava cor de rosa, mas cresceu sem gostar de seguir muitos mapas.

Juliana Gatto
Sou Juliana Gatto, Adoro conhecer lugares, você sabia que pessoas também são lugares? Se alguém quiser passear na minha história ela vai ter cheiro de tangerina e os pés ficarão com muita terra de tanto brincar no mato. Nasci em cidade pequena no interior de Santa Catarina e viajo há uns 9 anos para lá e para cá. Quando criança, cada galho era um planeta, tudo era diferente, o barulho, os comandos, o estilo de pensar, agir, falar... E agora adulta percebo que é como se cada pessoa fosse um lugar desconhecido para aprender coisas novas, afinal somos tão únicos não é mesmo? Curiosa como sempre, fui logo experimentando diferentes formas de trabalhar como: Ilustradora, pintora de telas, poeta, cantora, tatuadora, minha profissão é ser artista. A arte é minha forma de compor a vida, esse percurso que também pode ser divertido e transformador. A mensagem mais especial que posso deixar no mundo é: viva suas expressões de forma livre, como alguém que experimenta, alguém que faz do seu caminho uma troca de experiências e um acesso a possibilidades incríveis!

Vinícius Moohr:
Sou Vinícius Moohr e sou ator e diretor de cena do projeto. Adoro a cor verde, mas gosto mais de azul. Tenho fascínio por pássaros, quando andava muito de barco e avistava um, esticava a mão para que me levasse embora. Quando eu jogo, prefiro ganhar sempre. Gosto muito de ver a fantasia como se fosse uma grande realidade.

Breno Oberdan
Olá, sou o Breno Oberdan, sou ator e responsável pela caracterização no projeto, Sou daltônico desde que nasci, e acho que o céu é verde e rosa. Sou gago e nunca gaguejei desde 1994. Na infância presenciei várias lutas entre os cavaleiros do zodíaco. Sempre quis ser um papagaio mas hoje sou pirata.

Apresentação teatral pelos atores Breno Oberdan e Vinícius Moohr
Ficha Técnica: Pirata Profice
Angélica Ripari: Professora, Autora e Técnica formação oficina
Vinícius Moohr: Professor, Técnico formação oficina e Oficineiro
Breno Oberdan: Ator Oficineiro
Juliana Damilly Vieira dos Santos: Estudante e Oficineira
Angela Meschino: Coordenação
Bruno Nascimento: Diagramação e Arte gráfica
Juliana Gatto: Ilustrações
Flavio Jacobsen: Revisão
Júlia Moretti Pereira: Assistente de produção
Serafim Filmes: Teaser
Maisy Pires: Assessoria de comunicação
Ficha Técnica: Lei Paulo Gustavo
Angélica Ripari: Produção
Vinícius Moohr: Diretor de cena e elenco
Breno Oberdan: Caracterização e elenco
Juliana Damilly Vieira dos Santos: Oficineira
Ana Luisa Burnett Costa: Sonoplasta
Bruno Nascimento: Arte Gráfica
Zen: Artes Digitais
Juliana Gatto: Diagramadora do blog
Flavio Jacobsen: Revisão Blog
Thamires Moohr: Gestão de redes sociais
Andressa Marques: Intérprete de libras
Associação COLAB - Escola de deficientes auditivos: Intérprete de libras
Cris Kenne: Audiodescrição
Participações:
Beli Bertalha: Música
Lili Sarraff: Adereço
Thamires Moohr: Assistente de cenário
